SAIBA MAIS SOBRE O PI


Piauí


Piauí é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a noroeste da região Nordeste e tem como limites o oceano Atlântico (N), Ceará e Pernambuco (L), Bahia (S e SE),Tocantins (SO) e Maranhão (O e NO). Ocupa uma área de 251 529 km²[6] (maior que o Reino Unido) e tem 3 032 421 habitantes. Sua capital é a cidade de Teresina.
As cidades mais populosas são Teresina (822 363 hab), Parnaíba (146 059 hab), Picos (73 021 hab), Piripiri (62 107 hab), Floriano (57 968 hab), Campo Maior (46 068 hab), Barras (44 913 hab),União (43 135 hab), Altos (39 735 hab) e Esperantina (38 049 hab). Considerando apenas a população urbana, os maiores aglomerados do Piauí são: Teresina (767.777 moradores urbanos), Parnaíba (137.507 moradores urbanos), Picos (58.295 moradores urbanos), Floriano (49.978 moradores urbanos), Piripiri (44.539 moradores urbanos), Campo Maior (33.524 moradores urbanos), Altos (27.391 moradores urbanos), Esperantina (23.156 moradores urbanos), Pedro II ( 22.671 moradores urbanos), Barras (22.126 moradores urbanos), Oeiras (22.001 moradores urbanos), José de Freitas (21.604 moradores urbanos), São Raimundo Nonato ( 21.276 moradores urbanos), União (20.969 moradores urbanos). O relevo é moderado e a topografia regular, com mais de 53 por cento abaixo dos trezentos metros. ParnaíbaPotiCanindéPiauí e Gurgueia são os rios principais.
O topônimo "Piauí" vem da língua tupi, na qual significa "rio das piabas".[7]

Geografia


Relevo

O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas das margens do rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte do estado. Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas chapadas de Ibiapaba e do Araripe, a leste e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul, encontram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de novecentos metros de altitude. Entre essas zonas elevadas e o curso dos rios que permeiam o estado, como, por exemplo, o Gurgueia, o Fidalgo, o Uruçuí Preto e o Parnaíba, encontram-se formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da áreas erosivas das águas.

Hidrografia

Enquanto quase todos os estados do Nordeste oriental contam com apenas um rio perene, o rio São Francisco, com aproximadamente 1 800 quilômetros dentro de seus territórios, o Piauí conta com o rio Parnaíba e com alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o Gurgueia, que, somando-se seus cursos permanentes, ultrapassam 2 600 km de extensão. O estado conta ainda comlagoas de notável expressão, tais como a de Parnaguá, Buriti e Cajueiro, que vêm sendo aproveitadas em projetos de irrigação e abastecimento de água na região.
A perenidade dos rios piauienses, entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios sofrem intenso processo de assoreamento, sempre crescente, em decorrência do desmatamento acentuado que ocorre no estado, principalmente nas nascentes e nas margens dos rios. O estado encontra-se com 82,5% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[9]

Vegetação

Predominam quatro classes vegetacionais: caatingacerradofloresta estacional semidecidual e a floresta de cocais.
  • Caatinga: tem sua ocorrência em ambientes de clima tropical semi-árido. Os vegetais da caatinga apresentam adaptações a esse ambiente. Têm folhas grossas e pequenas, muitas delas com forma de espinhos, que perdem pouca água pela transpiração. Registrada principalmente no sul e sudeste do estado; é composta por cactacéas, bromélias, arbustos e árvores de pequeno até grande porte em áreas brejosas.
  • cerrado: estende-se nas porções sudoeste e norte do estado; apresenta arbustos, árvores e galhos retorcidas, folhas grandes, casca grossa, raizes profundas e algumas gramíneas, cactos, bromélias e ervas cobrindo o solo. Encontra-se no sul, sudoeste e da região central ao leste.
  • Floresta estacional semidecidual: ocorre da foz do rio canindé no médio Parnaíba até o baixo parnaíba, além de outra estensão no vale do rio gurguéia, é mista com a floresta de palmacéas principalmente acompanhado o rio parnaíba; espécies ocorrentes carnaúba, babaçu, buriti, macaúba, tucum, pati e outras. Essas palmeiras podem ser encontradas no cerrado. Quanto aos vegetais lenhosos a variedade é impressionante desde pequenas ervas e arbustos de alguns centímetros á árvores de grande porte com mais de 20 a 30 metros, no período seco algumas plantas perdem as folhas e outras se mantém verdes o ano todo; espécies ocorrentes angico branco, jatobá, cedro, ipê-roxo, pau-d'arco-amarelo, ipê-amarelo, tamboril, gonçalo alves, violeta, sapucaia, sapucarana, louro-pardo, aroeira, cajazeira, guaianã, oiti, caneleiro, burra-leiteira, chichá, açoita cavalos, moreira, azeitona, genipapo, algodão bravo, podoí, pau de rato, juazeiro, tuturubá, mutambá, goiaba, quabiraba entre outras.
  • floresta de cocais: vegetação predominante entre a Amazônia e a caatinga, onde predominam as palmeiras ora mescladas pela floresta estacional semidecidual ora em agrupamentos quase puros, ocorrem preferencialmente em baixadas onde o lençou freático e mais raso , mantem-se sempre verdes todo o ano e produzem muitos frutos tanto para o extrativismo das populações locais como para fauna silvestre. predomina nos estados do Maranhão, Piauí, ceará e norte do Tocantins. No Piauí, predominam as palmeiras babaçu, carnaúba, buriti, tucum, macaúba, patizeiro além de muitas outras.
Vegetação e Fauna
A vegetação resulta da inter-relação entre o clima, as rochas, o relevo e os solos de um determinado espaço. E bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo nível de homogeneidade. São as comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o ambien-te físico chamado biótopo. No espaço piauiense encontram-se partes de três dos grandes biomas brasileiros: costeiro, cerrado e caatinga. Estes ocorrem intercalados pelas áreas de transição ou ecótonos: o cerrado-caatinga e o cerrado-amazônia. As formações vegetais que compõem estes biomas e ecótonos estão identificados no MAPA 04.
1. Bioma costeiro
É composto pelas formações vegetais litorâneas ou costeiras que acompanham toda a costa brasileira, formando conjuntos florísticos bastante diversificados, pois a vegetação é diferente e litoral rochoso, arenoso ou de mangue. Na faixa litorânea ocorre a vegetação de mangues nas áreas do delta do Parnaíba e tam-bém nas áreas das planícies flúvio-marinhas dos rios Portinho, Camurupim e Ubatuba, princi-palmente. Dentre as espécies destes ecossistemas encontram-se o Mangue vermelho, sapateiro ou verdadeiro. Apresenta grandes raízes aéreas que ficam expostas durante a maré baixa. Outras espécies vegetais arbóreas e arbustivas que ocorrem nesta área são o Mangue-preto ou siriúba ou canoé; Mangue-manso, rajadinho ou branco; Mangue-botão ou de bolota; Aninga; Sambaíba-de-mangue; Algodão-de-mangue; dentre outras. A Carnaúba ocorre no interior das ilhas do delta e também nos vales dos rios, entre o mangue e a caatinga litorânea, em grande concentração. Destaque-se a presença de Salgados ou Apicuns, que são manchas que se apresentam destituídas de vegetação arbustiva e arbórea, ora como um ambiente de transição entre o mangue e as áreas arenosas de praias e dunas, ora entremeando os manguezais. No litoral as algas marinhas também são encontradas com certa abundância, desde os ti-pos que podem ser utilizadas para fins farmacêuticos, de alimentação e de adubação. Dentre os animais mais abundantes das áreas do delta e planícies flúvio-marinhas, estão os crustá-ceos. Entre as aves estão maçarico, guará, lavandeiras etc. Entre os mamíferos destacam-se o macaco-prego e o peixe-boi-marinho. Ocorre também nas águas do delta e proximidades uma grande quantidade de peixes, como bagre, voador, agulha, pargo, arraia, camurupim, cioba, pescada etc. Nas praias, principalmente onde afloram recife de arenito e conchas durante as marés baixas, encontram-se pequenos animais como a estrela-do-mar, búzios e tatuís. Na faixa pós-praia e campos de dunas encontra-se a vegetação pioneira como a salsa-da-praia e o pinheiro-da-praia. Nas dunas e areias já fixadas, mais distante da praia, encontram-se o bredo-da-praia, tiririca e vassorinha-de-botão. Dentre as espécies arbóreo-arbustivas estão murici, cajuí, coqueiro da praia, caatingueira etc. A fauna dessas áreas de solos arenosos corresponde principalmente aos répteis, aves e mamíferos. Alguns exemplos são a cobra jibóia, garça azul, sabiá-da-praia, raposa, preá, etc.
2. Bioma cerrado
Constituído por formações vegetais que apresentam, geralmente, três estratos: herbáceo, arbustivo e arbóreo. Conforme variações ambientais regionais e locais, formam-se diversos ecossistemas, com sub-tipos ora arbóreo, ora arbustivo e herbáceo. Assim, sob o ponto de vista fisionômico, são classificados como cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de cerrado e campo limpo de cerrado. São características marcantes do cerrado os seus troncos tortuosos, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. Estas resultam da adaptação às condições de solo que, mesmo dispondo de umidade suficiente, apresentam teores elevados de acidez pela presença do alumínio e ferro, o que dificulta o desenvolvimento das plantas e lhes dá essa fisionomia. Destaque-se que em muitos vales ocorre a formação de brejos, que são locais onde aflo-ram os olhos d’água que geralmente formam nascentes de riachos que vão alimentar grandes rios. Nesses locais de solos úmidos destaca-se o buriti que, muitas vezes, acompanha o leito dos rios, como indicador de que o lençol freático se encontra próximo à superfície do solo. O fruto desta palmeira é muito utilizado para a fabricação de doces e sucos, além do óleo que tem uso medicinal. Dentre as espécies mais frequentes no cerrado piauiense encontram-se faveira, fava-danta, jatobá, pau-de-terra, sambaíba ou lixeira, piqui, amargoso, cachamorra, pau-pombo, chapada, barba-timão etc. Os animais encontrados neste bioma com maior frequência são: veado-campeiro, ema, lobo-guará, perdiz, raposa, macacos, tatu-canastra, cobras, araras, papagaios, periquitos, gaviões, carcará, capivara, paca, ratos, e muitos outros.
3. Bioma caatinga
É considerada o único bioma exclusivamente brasileiro. Considerando os aspectos fisio-nômicos, a caatinga apresenta-se em sub-tipos, conforme as variações nas condições locais de umidade de clima e dos solos. Assim, forma ecossistemas classificados como: caatinga arbustiva aberta, abustivo-arbórea e caatinga densa. Em alguns locais mais úmidos como serras e chapadas, por exemplo, desenvolve-se a fisionomia arbórea ou de floresta. Aí ocorrem espécies que podem alcançar grande altura, como angico, aroeira e braúna. Nas áreas mais secas, ocorre a caatinga arbustiva aberta, com a presença do marmeleiro, jurema-preta, unha-de-gato e favela. Destaque-se que é frequente a ocorrência de carnaubeira, em algumas áreas mais úmidas dos vales, onde formam manchas significativas, embora não seja exclusiva da caatinga, pois no Piauí ela ocorre também nos biomas costeiro e cerrado. A característica mais marcante da caatinga é xerofismo ou xeromorfismo das espécies vegetais. Ele traduz a adaptação da vegetação às condições climáticas sob regime de baixos índices pluviométricos e elevadas temperaturas do ar e do solo. Assim, muitas espécies vegetais perdem as folhas no período seco (caducifólias), como forma de se protegerem contra a perda de água e se manterem vivas durante o período seco, quando adquirem aspecto seco, como se estivessem mortas. Outras espécies da caatinga também desenvolveram mecanismos diferentes de adapta-ção às condições secas do ambiente semi-árido, como o juazeiro, que produz cerosidade que forma uma película nas suas folhas, e os cactos e bromélias que, no seu processo de evolu-ção/adaptação, substituíram as folhas por espinhos. A fauna do bioma caatinga é representada por animais como: sapo-cururu, asa-branca, andorinha, acauã, canário-da-terra, galo-campina, currupião, rolinha, beija-flor, bicudo, chico-preto, azulão, cancan, cotia, gambá, preá, veado-caatigueiro, onça pintada, onça vermelha ou parda, seriema, tatu-peba, tatu-bola, macaco-prego, tamanduá-manbira, tamanduá-bandeira, etc.

Subdivisões


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